Ironic

07, March 2007 - 02:55 am




hoje, ouvi uma canção na rádio. uma canção com alguns anos, que toda a gente conhece. uma canção que ouvi vezes sem conta, durante metade da minha vida.

mas hoje, dei conta de que a elevada simularidade da canção neutralizou o seu valor. e com um "plim" no cérebro, acordei para a mensagem que a canção transmitia. para a sua verdadeira qualidade lírica, dissimulada por tanta simulação. e agora, ao final de doze anos, é capaz de ser uma das minhas canções favoritas. é um concelho para a vida, um abre os olhos, um segue em frente. uma canção que me dedicaria a mim mesma e a ti mesmo.

e quantas mais coisas haverá, que o ser humano não abstrai, adormecido pelo quotidiano. coisas que estão ali, diante do olhar, que poderiam revirar uma vida. e ele não se dá conta.

and isn't it ironic... don't you think?

-Ruth

I Started a Joke

18, October 2006 - 11:30 pm
[my mom's reflex in a mirror of an old house. photoshop free.]

Inventei uma piada em que o mundo começava a chorar. No entanto, não sabia o que me esperava...

Um dia comecei a chorar e o mundo riu-se de mim. E então reparei que afinal a piada se tinha voltado contra mim.

Até que eu morri e o mundo continuou a viver...

Bee Gees - I started a Joke

A Menina do Espelho

11, November 2005 - 07:43 pm


Quando era pequena, adorava passar horas em frente ao espelho. Dentro dele, encontrava uma menina que me imitava em tudo. Além de ser igual a mim, tinha o mesmo quarto que eu: os mesmos peluches, as mesmas bonecas, a mesma cama, os mesmos desenhos pendurados na parede. Enquando brincava olháva-a, ela brincava também e parava para me olhar ao mesmo tempo que eu.
Diziam-me aquele era o meu reflexo no espelho, coisa na qual nunca tinha acreditado. Para mim, aquele rectângulo era uma janela que interligava dois mundos distantes onde, do outro lado, se encontrava uma menina que um dia decidiu fazer-me companhia. Criou um mundo igual ao meu, brincadeiras iguais às minhas mas que, na minha ausência, saia do quarto e voltava ao seu mundo, um mundo onde tinha tudo o que queria, onde os pais nunca ralhavam com ela, onde todos o meninos queriam brincar com ela, tinha muitos mais brinquedos do que eu, muitos animais, um casarão enorme, ou seja, o mundo com o qual sonhava eu.
Um dia, quis ir ter com ela. Tentei entrar no espelho, mas não conseguia. Com tantas tentativas, acabei por parti-lo e vi então a menina, igual a mim, o meu mesmo quarto, as minhas mesmas coisas, ali nos cacos, partidas aos bocados. Assustada, olhei em redor, com medo que o mesmo tivesse acontecido à minha casa. No entanto, as minhas paredes continuavam estáticas, os meus brinquedos no mesmo sítio. A única diferença era aquele espelho, aos bocados, espalhado pelo chão. A minha mãe iria ficar chateada. No entanto, fiz um sorriso maroto. Peguei na minha boneca favorita, abracei-a e fui ter com os meus amigos à rua. Afinal, até tinha feito por merecer a bronca que mais tarde iria levar. Além disso, para que quereria eu mais brinquedos, se só dava atenção àquela boneca? E para quê quereria mais amigos, se era tão divertido meter-me com quem não gostava? E apesar de não viver num casarão, conseguia transformar o meu apartamento no planeta inteiro.
No final de contas, mais era impossível eu nao ter.
Afinal, para alá do espelho, encontra-se um mundo perfeito, se souberes ver a felicidade reflectida no que te rodeia.
-Ruth

Loucuras

25, October 2005 - 11:37 pm
[note the flags detail]

Quando as saudades fazem cócegas ao amor este, irrequieto, acaba por fazer loucuras.
-Ruth

Alice

19, October 2005 - 08:30 pm


Há 193 dias, a Alice desapareceu. De três anos, cabelos castanho-claros encaracolados, vestia um casaco azul.
Hoje, a Alice continua desaparecida. Hoje, como ontem, um pai acorda cedo, veste-se. Vai à lavandaria, compra um bonequinho ao mendigo, apanha o metro, dirige-se ao infantário. Mas hoje, esse pai não leva uma menina pela mão. Não. Hoje vai só, hoje recorda, hoje sente-a consigo. Hoje, comprou o 193º bonequinho ao mendigo. Hoje, seria o seu 4º aniversário. Hoje, a casa não está cheia de gente, de alegria. Hoje, as batatas fritas congeladas têm todas o mesmo tamanho e fica no ar o porquê, cuja resposta não interessa, hoje tenta-se simplesmente distrair as lágrimas.
A Alice, uma criança. A Alice, o passar dos dias. A Alice, as lágrimas. A Alice, a frustração. A Alice, o desespero. A Alice, a loucura. A Alice, a saudade. A Alice, a busca. A Alice, a incógnita. A Alice, uma realidade. A Alice, uma vítima. A Alice, um Alexandre, uma Cláudia, um Jorge, uma Sofia, um Rui Pedro. A Alice, um Apelo.
E hoje, a Alice cruzou-se com o pai. Mas hoje o pai desistiu. Hoje, ela não passou de mais uma miragem. A partir de hoje, não haverão mais esperanças quebradas pela frustração. Não haverão mais Alices na multidão. A partir de hoje, a Alice será somente uma uma recordação dolorosa, uma filha desaparecida, uma parte de si, uma parte da mãe. A partir de hoje, a vida e o quotidiano seguirão o seu ritmo.
A partir de hoje, não haverá mais Alice.

Hoje fui ver "Alice", um passo na evolução do cinema português. E chorei.
-Ruth
(review on a portuguese movie/masterpiece, showing the reality the childrens' kidnapping for unappropriate pruposes)

Fuma Mais

17, October 2005 - 11:36 pm

No outro dia fui, mais um grupo de amigos, à festa de recepção ao caloiro do I.S.C.T.E., em Lisboa. Uma festa já com uns bons anitos de grande prestígio, dizem, o qual não duvido tendo em conta os milhares de jovens que se encontravam à espera para entrar, apesar do não muito simpático preço do bilhete.
Mas bem, numa festa como esta, não falta a vontade às marcas de oferecer patrocínio, pois é uma grande oportunidade para fazer publicidade. No entanto, qual não foi o meu espanto quando, à entrada do recindo, estava algo mais que um par de raparigas bem apresentadas, de canetas flourescentes, a assinar maços de tabaco que tiravam das bolsas p'ra dar aos meninos, que não eram poucos. Ora, segundo tenho dado conta, últimamente têm havido imensas campanhas anti-tabaco, desde a Europeia campanha do "Feel Free to say No" a anúncios publicitários em todos os media, assim como medidas tomadas pelo governo como a adição de avisos aos maços de tabaco, a pendente lei que proibirá o consumo de tabaco em locais fechados e a proibição da venda de tabaco a menores de 16 anos. Tendo em conta que o tabaco é altamente viciante, para que servem estas leis e campanhas se, por trás, existem distribuições gratuitas em massa de maços de tabaco à juventude inconsciente que já pouco fuma? Sem contar com o facto de que muitos dos presentes seriam menores de 16 anos não existindo, em nenhuma ocasião do evento, o menor controle de idade.
Promover o consumo de bebidas alcoólicas aos jovens num país cuja enorme parte dos acidentes se deve à elevada taxa de alcoolemia já é mau o suficiente. Agora promover a maior causa de inúmeros problemas de saúde (como o cancro, tromboses, doenças vasculares, úlceras, problemas nas vias respiratórias, esterelidade, amputações, envelhecimento precoce, impotência, entre imensos outros) que afecta não só quem consome, mas quem rodeia o consumidor (eu que o diga, que depois de passar um mês e meio em contacto com fumadores altamente activos, ainda não me consegui livrar desta tosse e dores de garganta que me chateiam constantemente), é o cúmulo.Senhores donos destas grandes empresas de produção de tabaco, deviam ter vergonha por se aproveitarem da natural inconsciência da juventude desta maneira. A publicidade, a ambição de vender cada vez mais e a ganância está a chegar ao extremo. Daqui a uns anos é que se vai notar o caos. Por enquanto, ainda parece que está tudo bem.
Nestas festas, aproveitem antes para oferecer preservativos.
Mais vale promover nos jovens a foda segura, que fodê-los.
Tenho dito.

-Ruth

(against a cigerrettes promotion at a Univertity's party I've been to, where smokers were gladly offered free packets of cigarrettes, including the less than 16 years old kids that had come into the institute to join the fun. Jul '08)

Fluindo

16, October 2005 - 10:35 pm


Porque sou assim. Não existo. Sou uma imagem, um fantasma, sou assim como que vegetal. Por dentro, estou vazia. Não penso, não vivo. Deixo-me simplesmente levar, serena, pelos dias que passam lentamente, a cada segundo. Estou na boa. Isto é uma paz, nada temo. Perdi a lucidez e por aí vagueio em coma, presa neste sono. E então, ingnorando todo o resto, continuo a fluir...
-Ruth

Liberta-te

15, October 2005 - 09:36 am


Salta. Isso. Bem alto. Grita, espreneia. Corre, atira-te ao chão, rebola. Canta, abre os braços, grita mais.
Deixa-te levar, liberta-te. És egocêntrico, com os pés no pódio, o mundo é teu. Deixa a tua insanidade tornar-te são e ri, ri-te imenso, que as tuas gargalhadas ecoem, que as lágrimas te escorram pelos olhos.
A vergonha, punível, está banida deste mundo. Aqui, só vale ser feliz. E tu, tu és o centro da felicidade. Continua a contruí-la, fecha os ouvidos ao alheio. Que ninguém estrague a vida que só tu podes viver.
Lembra-te de que se és feliz e, se o demonstras, conseguirás todas as regalias do mundo.
-Ruth
(when I won the casting to make part of MTV EMA Lisboa 2005's public.)

Goodbye England

14, September 2005 - 06:04 pm


Durante um mes, a minha casa foi aqui. Cheguei, encarando o lugar onde o futuro choca com o passado, a chuva com o sol, o verde com o cinzento, o gentleman com o gangster, o lugar onde se concentra o mundo. Fora da toca, tive medo, senti-me presa, livre e protegida. Mudei de língua, ensinei a minha, fiz amigos, perdi-os.
Amanhã, deixo o país dos contrastes.
Amanhã, vou continuar a dizer que adoro um país esquisito.
Amanhã, acordo de um sonho.
-Ruth

Te Regalo

Te regalo mi norte, mi horizonte, mi filosofía, mis historias, mi memoria.
Te regalo mi amor que se acumula, te regalo mis manos, mi locura, te daré todo lo que me pidas.
Yo, por tí, daría la vida.

Carlos Baute - Te Regalo

Engole-me

18, July 2005 - 02:04 am


Engole-me. Engole-me já, engole-me simplesmente.
E assim desvaneço, engolida, derrotada.

-Ruth

Adeus

14, July 2005 - 05:15 am


Dei-te a mão, recusaste. Um beijo, rejeitaste. Abraçar-te, não deixaste. Mas querias. Eu queria.
Deste-me a mão, recusei. Um beijo, rejeitei. Abraçar-me, não deixei. Já não quero. É tarde, já me fui. O dia acabou, amanheceu, desvaneceu o ontem. A saída, pelo sol iluminada, guiou-me.
Fui-me embora.
Adeus.
-Ruth

Cair

07, July 2005 - 04:21 pm


Estamos a cair.

Ela


Ela chorava. Em segredo, porque chorar não podia. E então fazia-o por dentro, em siêncio, inundava o coração, o peito, a mente e mantinha, exteriormente, a honra limpa.
De vez em quando, às escondidas, escapava. Fechava-se no quarto por momentos e, diante do espelho, transformava-se. Era a mulher que não podia ser. Era a mulher que para si mais desejava, era livre. Era ela. Era bela. E sonhava. Sonhava que o seu homem era alguém que amava, que a amava. Alguém que a respeitava, protegia. Alguém que sabia fazê-la sentir-se mulher.
Desejava que esses momentos fossem eternos, mas eternizá-los não podia, porque do outro lado da porta a vida esperava-a. Ela não poderia tardar. Havia muito, muito que fazer, que se esforçar, que sofrer.

a elas.

-Ruth
(to women's repression.)

Espelho Mágico

19, May 2005 - 03:02 pm


Espelho mágico
Espelho meu
Quem, neste mundo,
Sou eu?
Quem me olha desse lado
Com esse olhar que não gosto,
Olhos revirados,
O Diabo estampado no rosto?
Ar de Santa
Com um demónio escondido
E essa voz que canta
Ao mundo perdido.
Espelho mágico,
Mão entendo o meu eu
Mas diz-me se este olhar
É o mesmo desse reflexo teu.
-Ruth, Agosto de 2001

Não te amo

17, May 2005 - 12:31 am

Arde tudo tudo arde dentro de mim. A confusão é grande grande tão grande que não cabe mais aqui. A tua imagem encandescente infundida no meu cérebro não me larga os dias, as noites, não me larga. Desejo-te quero-te, quero-te desejo-te, és o mundo és tudo, estás em todo todo o lado, não me deixas, não te quero deixar. Quero-te abraçar quero-te beijar quero-te sentir, abraçar-te chegava, fazes-me feliz. Momentos meus momentos que não esqueço e não esqueço que doem que dão prazer que são momentos. Que és tu que sou eu que somos nós que sou eu. Que entendo que não entendo que me confundo e não quero perceber. Sê meu. Sou tua, tão tua como és meu, mas não és meu.
És o meu mundo.
És o mundo.És o meu todo.
És tudo.Fazes-me feliz.
És felicidade.
Quero-te,
Não te amo.
-Ruth

Tolices

07, May 2005 - 01:45 pm


A Ruth é uma gorda
Porque come muita açorda
A Ruth é muito linda
Quando tem bilhete de ida e vinda
Ruth, eu vejo-te aí na varanda,
Ruth, já só faltam dois meses
Até pudermos repetir as nossas "estupideses" xD
-Fábio

Parece que as saudades apertam ainda mais quando o momento de as matar está próximo. Isso, porque a ansiedade e as saudades entram em extremo conflito. Saudades de quem gosto muito, mas que está longe.
Aos meus meninos.
-Ruth

Sorriso

04, May 2005 - 07:26 pm


Um sorriso... um sorriso p'ra mudar o mundo. Um sorriso p'ra mudar a tua visão sobre o mundo, p'ra mudar a visão do mundo sobre ti. Um sorriso, um arco-íris. Um sorriso, um brilho. Um sorriso, uma alma nova, um olhar novo. Um sorriso voar, um sorriso liberdade. Um sorriso. Um sorriso que te embeleza por dentro e por fora, um sorriso lindo, porque é um sorriso. Por isso sorri. Por isso sê feliz. Basta um sorriso. Um sorriso p'ra libertar o mal, p'ra relaxar o coração.
És o melhor de ti com o teu sorriso.
-Ruth :)
(my very first wide-smiling picture, after I took out my braces. the first time i learned to smile with no fear. and my spirit changed from then on. Jul '08)

Fumar Mata

30, April 2005 - 02:16 am

18, April 2005 - 05:06 am


É um nó. Aperta, aperta, aperta tanto que se escapa um guincho. Um guincho mudo, interior, o mundo inteiro a explodir dentro do pequeno que és.
Um nó que te corta a respiração. Um nó que te faz tremer. Um nó que te faz lágrimas nos olhos. É um nó.
Um nó que não consegues desapertar...
-Ruth

Irony

[Workless near a charity institution during the US Great Depression, in the Twenties]

P.: Qual é o cúmulo da ironia?

R.: -

O Fim

11, April 2005 - 12:27 am


A linha da vida, torta, incerta e frágil, estava à beira de romper.Pouco mais se podia aguentar. Pouco faltava, já, para o fim.

De Nederlands

06, April 2005 - 02:49 pm


De olhos postos na vasta planície, já a saudade pairava. Já sentia, no ar, saudades do país das cores, das fragrâncias, do país da água, da vida. O país que, naquele momento, sentia tão junto aos meus pés, pela última vez.
-Ruth

O Coração

09, March 2005 - 12:53 am


Às vezes dói.

Medo

22, February 2005 - 11:19 pm


o mundo faz-me ter medo de ser eu.

De Relance

14, February 2005 - 05:39 am


Passei de relance...
O mundo, em meu redor, esquecia-se de mim. O mundo, em meu redor, esquecia-se do seu redor, era simplesmente um mundo dividido infinitamente, um mundo a pares, cada par um mundo, cada par uma vida, cada vida uma vida só, cada vida um só amor.
Passei de relance pelas cegonhas, bico a bico, aconchegando-se. Passei de relance pelo céu deitado sobre o mar. Passei de relance pelos gatos, enrolando-se. Passei de relance pela vida fundindo-se com o tempo. Passei de relance por mim, olhando os mundos, de relance. Mas não me senti só...
Abracei o Sol, troquei de lugar com a lua.
-Ruth
(Feliz dia de São Valentim para todos os mundos, incluindo o meu.)

...mas eu nao

12, February 2005 - 03:35 am


ele é lindo.
mas ela é linda...
...e eu não.
-Ruth

Segredos...

29, January 2005 - 03:20 am


Segredo meu, guardado no fundo da alma, num recanto da mente, embrulhado no coração.
Segredo teu, guardado no fundo da minha alma, num recanto da minha mente, embrulhado no meu coração.
Segredo vosso, de todos.
Mas mais meu... Porque quem o guarda sou eu, não o liberto.
Sou dona de todos os segredos que, secretamente, partilho através da alma, da mente, do coração...
Muitos segredos.
-Ruth

Basta.

10, January 2005 - 03:20 am

Uma pessoa que é boa p'ra toda a gente acaba por ser rejeitada por todos. Depois, naqueles momentos, dizem que os verdadeiros amigos são poucos.
Hoje, quem não me tiver na lista de amigos, será apagado da minha também.
Farta de ser amiga de quem meu amigo não é já estou eu e dedico-me, então, a quem de mim não se fartar. Rude não sou, mas
basta.

-Ruth

Sweet 19

08, January 2005 - 03:44 am


Passados todos estes anos, o tempo enche-se de pressa e desata a correr. É só passados todos estes anos que se lembra de que já somos crescidos demais e que, numa curta vida, ainda temos muito que fazer.
E a vida começa assim, tarde, enquanto cedo, durante o tempo vagaroso, ansiamos crescer.
Agora anseio vagar o tempo. 18 anos de espera que, num estalar dos dedos, já se despediram. E cá estão os 19, que chegaram e se acomodaram.
18 anos curtos, 19 que mais curtos serão e, quando der por mim, já está o tempo cansado, a preparar-se para o fim.
-Ruth

Sabes...

24, November 2004 - 01:20 am


Tu sabes.
Sabes mas não sabes, por isso perguntas, ou tentas perguntar porque como perguntá-lo não sabes.
Mas eu sei. E talvez eu não saiba aquilo que tu sabes, apesar de o saber.
Mas sei que quando pensares que já não o sabes mais, o saberás.
E então saberemos os dois...
Agora pensa... Se és tu, saberás do que falo...
-Ruth

Nostalgia...

17, October 2004 - 06:36 am


É a nostalgia... o tempo que acabou por se encarregar da distância, cada vez maior, que há entre mim e o amor. É a saudade de amar. A saudade de sentir apertar o coração, de sentir que tenho alguém só p'ra mim, de sentir que tenho de te sentir. A saudade de dizer que te amo. A saudade de te ouvir dizer que me amas, a saudade de sonhar, de sonharmos juntos, de esquecer o mundo por inteiro, excepto o nosso pois, nos nossos momentos, só o nosso mundo existe.
Nostalgia, que retém parte de mim, que me deixa assim, incompleta, por metade. Que não me deixa ser eu. Porque o meu eu somos nós. Nós e os segredos que partilhámos que se mantêm ainda, naquele tal mundo nosso, trancado agora pela chave que o tempo levou.
Quero amar. Quero voltar a sentir aquele aconchego, saber que esta noite vou dormir serenamente, porque me desejaste boa noite. Quero chorar. Chorar feliz, ao ouvir a nossa canção, ao saber que ela somos nós, tão felizes, tão juntos um ao outro, cheios de promessas de amor eterno, promessas cegas, perante a cegueira do olhar que admira o nosso caminho, o nosso pequeno e imenso paraíso.
Tanta saudade... Tanta saciedade...
Tudo... levado pela nostalgia do amor.
-Ruth
(based on an intense love story, that marked two persons for a lifetime. it was me... and it was someone else. Jul '08)

Há 9 anos, era assim...

16, October 2004 - 03:22 am


Se não fossem estas fotos, nós nem dávamos pelo tempo passar...
...o meu primo Gonçalo, a Duna e eu.

Sigam o Exemplo

03, October 2004 - 06:31 am


Ora aqui está uma tartaruga exemplar. Esta, não deita o lixo para o chão.

Fuck You

30, September 2004 - 07:17 am


Monstro Estúpido

Vao Fumando...

29, September 2004 - 07:12 am


...enquanto isso, vou fazendo corações...

A Joaninha

26, September 2004 - 06:17 am


Nesse dia, salvei uma joaninha. Ao acaso, ou não, a joaninha não largava a minha mão, nem o meu braço, mesmo enquanto eu andava e o mexia. Até que me sentei... Fiquei ali, de olhos fixos no meu braço esquerdo, vendo-a ora a passear, ora quieta. Aquela coisa minúscula, aquele ponto aos pontinhos, mas apesar de tudo tão perfeito, tão cheio de... vida. E foi então que me lembrei... que independentemente do tamanho, independentemente da espécie, a cada ser vivo foi concebido esse mais precioso bem chamado vida. Vida, à qual todos temos direito, de forma justamente igual.
Perguntei-me, então, porque me achariam tola por ter salvo uma joaninha. No entando, seria gratificada por salvar um cão, um humano ou qualquer outro animal. E achei injusto. Achei injusta a forma como é desrespeitada a vida... O egoísmo de não querer, ou não saber partilhar o que, afinal, nos foi dado a todos, por igual, num mesmo local que pertence a todos nós.
E sorri para a joaninha. Um sorriso reconfortante. E reconfortei-me a mim própria, senti-me feliz por ter salvo uma vida, uma vida tão pequena, mas tão grande como a minha e tão perfeita, tão bonita. Senti-me agradecida, acarinhada. Meia hora passou...
...e foi então que a joaninha disse adeus e voou.
-Ruth

Velho Monitor

25, September 2004 - 02:35 am


descansa em paz...

Ouvi Dizer

16, September 2004 - 12:24 am


A cidade está deserta e alguém escreveu o teu nome em toda a parte: nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas. Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura, ora amarga, ora doce, p'ra nos lembrar que o amor é uma doença, quando nele julgamos ver a nossa cura...
...e pudesse eu pagar de outra forma...
-Ornatos Violeta

Sonambulismo

10, September 2004 - 04:18 am

Acordei, encontrando-me a vaguear por um bosque desconhecido.
Segundos antes, estavas tu ali... comigo. Bailávamos ao som dos movimentos do nosso corpo, cobriamo-nos em abraços, aqueciamo-nos mutuamente.
Sentiamos as palavras sussurradas pelo silêncio, citando-nos o significado do amor... Mas tudo desvaneceu com a abertura do olhar, enriquecido, no entanto, pelo desejo de reviver aquele sonâmbulismo, mas um sonâmbulismo eterno...

-Ruth

Independentemente

08, September 2004 - 05:35 am


... diz-me que voltas na mesma, independentemente do quão longe chegares, independentemente das estrelas que te apreenderem, independentemente da ecuridão que a noite te reserva.
...lembra-te de que o sol continuará a nascer, independente da noite.
...agora vai...
-Ruth

your song

07, September 2004 - 02:05 am


...and you can tell everybody this is your song. It might be quite simple, but now that it's done, i hope you don't mind that I put down in words.
How wonderful life is... now you're in the world.
(i love you.)

.

06, September 2004 - 07:14 am


merda.

Realidade...

01, September 2004 - 05:49 pm

Liberta-te.
Há já muito que vives naquele quarto em forma de nuvem, que te sela num mundo de sonhos.
Está na altura de começares a viver.
Vem... A realidade espera-te lá fora.

©Ruth

Friends will be Friends

31, August 2004 - 10:35 pm

Nada, nem ninguém alguma vez nos irá separar...Amigos, que são amigos, sempre o serão, independentemente das voltas que a vida dá.

Love You Sis

pOoL PaRtY ToNiGhT?

25, August 2004 - 03:06 am


Long time no posts!
Já estou com saudades do pessoal com quem estive em Caminha... Das nossas noites nos bares, apesar de não gostar da música e ficar sentada o tempo todo a um canto, das nossas conversas (ou até mesmo do que tinha de aturar...!!) até às 6 da manhã, das nossas broncas com a mãe da Jen e, principalmente... do dia em que estava a chover a potes... e nós atacámos a piscina da Jen à força toda, ou quando nos levantávamos de manhã com as perninhas já direccionadas para a piscina.
Lindo... até para o ano :)

Não Dá Mais...

14, August 2004 - 01:42 am

Por mais que as tentasse manter, o amor corroiu as paredes construídas pelo receio. Pelo medo de voltar a amar. Pelo medo de voltar a viver naquela ilusória realidade, naquele pesadelo em forma de sonho que me fez subir cada vez mais alto, empurrando-me contraditóriamente até ao mais ardente dos infernos.
Mas escapei. Escapando, no entando, com o medo de voltar a viver. Com o medo de voltar a amar. Mas o amor é mais forte e, por mais que o tentasse esconder, ele acabou por vencer e, pouco a pouco, sinto-o novamente a apoderar-se de mim...

©Ruth

O que se Vê nos Festivais

10, August 2004 - 03:15 pm

Um gajo deitado, a dormir no meio da crowd, durante o concerto de Los Hermanos. Sei que a banda, de um certo modo, pode provocar este tipo de efeitos secundários. Mas neste caso, certamente que a causa foram umas cervejinhas a mais. O tipo ficou a dormir no chão uma meia hora, até os guardas o irem buscar. Nem quando o pegaram e o meteram na maca ele acordou e muito menos mudou de posição!
Isso sim, é que é dormir...E este foi um dos tantos que vi.

Grande Sudoeste, para o ano estou lá outra vez.

See Ya Next Year

04, August 2004 - 03:16 am


É tipo... Daqueles amigos que sabemos que ficarão... Daqueles amigos que partilham connosco montes de coisas em comum... Mas também, daqueles amigos que, para os termos, temos de pagar um preço: a distância. As saudades. Ahhh como custam!!!
Mas também há que ter em conta que, apesar de longe, são esses os amigos com quem mais podemos contar. Muito mais do que aqueles que vivem à porta de casa.
Até para o ano, Fábio ;(

Toranja

02, August 2004 - 04:09 pm

Só conhecemos verdadeiramente uma banda depois de a vermos actuar ao vivo. Ontem, conheci os Toranja. Grande banda, grande concerto, grande qualidade nacional. Só tenho pena que a minha digital não seja boa o suficiente para fotografar a lua cheia, reflectida atrás do palco. Certamente que, se desligassem todos os efeitos de luz, o concerto embelezar-se-ia ainda mais. Brigada aí, Diogo, aka TheDark, pelo convite e.. pla boleia! ;)

Photoblog?

01, August 2004 - 03:56 pm


Acabei de abrir a conta aqui. Esta porcaria não tem nada de jeito. Nem dá pra usar html. E soh podemos meter uma foto por entry. Além disso, nem dah pra meter fotos pekenas. Mas bem... why not? O ppl anda todo marado com o photoblog. E eu gosto de me juntar às festas. E até gramo o layout. Pode-se dizer que acertaram em cheio.